quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sei lá

Ah... sei lá... tem dias que me sinto meio assim. Assim, sei lá. Assim sem saber de mais nada, sem saber direito o que quero, sem saber direito o que acredito, sem saber bem o que sinto, sem saber nada...
Não sei o que tenho, não sei de nada. A única certeza: sei lá! O único sentido: sei lá também! Pra que saber? Sei lá, ora!
A vida tem desses momentos assim, penso eu. Momentos de incerteza, de medo, de vacilos. E esses momentos não são tão negativos assim. Eles nos fazem refletir e valorizar o lado positivo do que temos. Yin e yang, claro e escuro, doce e amargo, dia e noite. Extremos que não existiriam sem o outro. Ou nos fazem encontrarmos com nossos monstros interiores para que possamos conhecê-los e lidarmos com eles da melhor forma possível.
Viver não é brincadeira, não é fácil. Mas também é emocionante, é imprevisivelmente lindo. Então, quando estou meio assim, meio assim sei lá, sei que há de ser passageiro. Há de ter um dia maravilhoso me esperando amanhã (ou depois de amanhã ou ainda na semana que vem), ensolarado e tão radiante quanto todos os sonhos possíveis. Então, o melhor mesmo a fazer é pensar um sei lá mesmo! Sei lá como vou resolver meus problemas, sei lá o que há de acontecer, sei lá! O que não posso controlar não adianta me pré-ocupar. Já aquilo que posso, isso sim, isso faço questão de fazer minha parte. E diga-se de passagem, da melhor forma possível. Faço o que posso, faço tudo o que posso, embora o tudo seja bem pouco perto do tanto que deveria. Mas isso é outra história. Por hoje, me basta o meu sei lá para resolver meus problemas. Quem sabe amanhã o sei lá se transforme em uma nova certeza ou ao menos numa certeza provisória. Quem sabe? Quem pode saber? Ah, SEI LÁ!!!

domingo, 6 de junho de 2010

Intrusa

Desculpe. Eu não sou daqui. Estou no lugar errado. Entrei sem querer, não pude evitar. Mas também não consigo sair... Sou, então, um peixe fora d'água. Quero voltar para meu habitat, quero... Quero pessoas mais parecidas comigo. Não que eu seja um modelo a ser seguido, não é isso. Mas me sinto diferente. Não sou bem como os outros. Não consigo me identificar, não consigo entender, não consigo me inserir... Não estou preocupada com a novela das oito, não gosto de futebol, não vou pra baladas, não sei quem ganhou o Big Brother. Também não sei bem o que está na moda, não sei as últimas das celebridades e não gosto de Lady Gaga. Não tenho religião, não tenho orientação, não tenho direção.

Pois é... sou um ser meio estranho. Gosto do meu espaço particular, da minha vida simples, de minhas músicas antigas. Gosto do meu tênis All Star batido, da minha calça jeans surrada, da minha casa bagunçada. Gosto de gente meio estranha, assim como eu. Respiro filosofia, estou aqui de passagem e não sei para onde vou. Sou estrangeira, mesmo sendo nativa. Sou meio sem graça, meio apagada, mas não sou feliz pela metade. Quando amo sou inteira, quando estou sou intensa, quando vivo sou eu mesma... Muito prazer, esta sou eu!