domingo, 25 de julho de 2010

A vida é feita de escolhas

Escolhas. Lógico, a vida é feita delas. Como boa existencialista, creio nisso fielmente. E sou devota às minhas escolhas. Me dou o direito de escolher sim, por mais que minha escolha envolva o risco de não dar certo. Pois, só assim sou responsável por minha vida. Não a entrego nas mãos de Deus, nem do destino, nem de ninguém. Como diria Sartre, o homem é condenado a escolher. Condenado, porque não temos como fugir disso. Mesmo quando escolhemos a quietude, mesmo quando escolhemos deixar a vida nos levar, mesmo quando escolhemos deixar que Deus ou um outro ser supremo ou mesmo o simples acaso escolha por nós, mesmo assim estamos escolhendo.
Escolhemos sempre, desde que nascemos. Escolhemos nossos amiguinhos na escola, escolhemos nossa cor favorita, a roupa que vamos usar. E nossas escolhas vão além de escolhas banais, como o que vamos comer no almoço. Nossas escolhas envolvem uma vida inteira e alteram ainda a vida dos outros que estão ao nosso redor. Quando temos que escolher algo que envolve uma decisão importante, parece que aí fica mais evidente o quanto temos esse poder de jogar tudo pro alto e virar o jogo, na hora que quisermos.
Nossas escolhas envolvem também nossa capacidade de ser. Nossa capacidade de sermos éticos, de sermos desleais, de sermos cruéis. Nossa capacidade de sermos um ser humano melhor, nossa capacidade de usarmos nosso jeitinho brasileiro e nossa capacidade de sermos apáticos e esperararmos que as coisas caiam do céu. Sempre podemos escolher melhorar a situação que estamos inseridos, por mais que às vezes pareça não termos saída. Podemos escolher quem seremos, se seremos bons ou se seremos maus. Podemos escolher um caminho mais difícil, menos seguro, porém mais libertador. Podemos escolher sorrir e levar a vida menos a sério. Podemos escolher lutar feito loucos para melhorar nossas condições. Podemos, podemos e podemos. Podemos, inclusive, pensarmos que não temos escolhas e que nossas vidas não passam de condicionamentos clássicos e operantes. Sim, podemos.

Uma questão que gosto de pensar é na questão do se. Se eu não tivesse feito tal coisa, se eu não resolvesse tomar a iniciativa, se eu tivesse escolhido outro caminho. Por onde eu andaria? Não sei, mas sei que minhas escolhas influenciaram diretamente para que eu estivesse hoje aqui. Minhas escolhas fazem com que eu seja, com que eu exista e me construa.
Se existem fatalidades? Sim, existem; pois implicam nas escolhas dos outros. Mas sempre posso escolher como eu vou reagir diante do que me acontece. E quando escolho minha reação, quando escolho meu caminho, automaticamente descarto outro.
Portanto, escolho!!!


5 comentários:

  1. Eita assunto complicado esse de escolher, apontar para uma mira só. Pois é, estamos sempre escolhendo. Ação é fazer o caminho, omissão é por nas mãos de Deus ou de alguem. Você me abriu os olhos sem querer. Obrigada

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  2. Sensacional, Letícia!
    Textos sempre muito bem construídos, inteligentes, reflexivos... Muito bom!
    Congratulationes, mais uma vez.
    Beijos,
    Jefferson.

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  3. Sensacional, Letícia!
    Textos sempre muito bem construídos, inteligentes, reflexivos...
    Congratulationes, mais uma vez!
    Beijos,
    Jefferson.

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  4. Achei muito bacana!
    Escrevi algo parecido, e ao procurar imagens na internet fui parar no seu blog.
    Se quiser, veja meu blog :D
    http://vicioimperfeito.blogspot.com.br/

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  5. Olá Letícia estava procurando imagens para postar juntas aos artigos do meu site www.mcaretarteeentretenimento.com/ e me deparei com seu sorriso maravilhoso não teve como não entrar e tornar-me seguidor dos pensamentos. Se vc puder dar uma passadinha na minha casa, o endereço eletrônico está acima.

    Abraços e muitos posts.

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