Indiscutivelmente nada se compara ao prazer de ser mãe... Várias e várias vezes em meus dias me pego pensando na minha situação de mãe, em que tipo de mãe eu sou, que tipo de mãe eu gostaria de ser, etc, etc, etc...Quero indiscutivelmente dar o meu melhor para o meu filho. Quero que ele veja em mim a minha parte mais doce, mais suave e mais alegre. Mas também tenho que impor limites e mostrar minha parte respeitável, e às vezes, dura e severa. E não é nem um pouco fácil essa tarefa. Em meio a maternidade, ainda tem uma mulher escondida, uma profissional, uma estudante, uma filha e um ser humano. Já tive que conciliar mamadeiras e fraldas com a escrita de um TCC e que deixá-lo chorando para ir ao trabalho e na frente de uma televisão para que eu possa descansar uns minutinhos... Depois de situações como essa, vem uma certa culpa de não dar o meu todo e me questiono se essa maternidade moderna realmente é melhor do que a maternidade da época das nossas avós, que podiam se doar aos seus filhos, cuidar da casa e ainda ter um tempinho para preparar alguma gostosura na cozinha... Hoje em dia, depois de tantas e tantas lutas, a mulher conseguiu seu espaço na sociedade. Conseguiu, mas a que custo? A um custo de aumentar em 100% as suas atividades enquanto os homens continuam na mesma. À mulher cabe a atividade doméstica, maternal, estudantil e profissional, enquanto aos homens, com raras excessões, cabem apenas às duas últimas. E assim a vida segue: acorda cedo, arruma a casa, dá banho no filho, prepara o almoço, vai trabalhar, tem que estudar também, pra tentar fazer mestrado e doutorado e, um dia quem sabe, descansar um pouco, ir em uma palestra, se atualizar, acrescentar dados no Lattes, chegar em casa, brincar, ler uma história e dormir com aquele ser pelo qual se faz tudo isso...
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