Assisti um dia desses ao filme "Divã", de José Alvarenga Júnior, baseado na obra de Martha Medeiros. Simplesmente amei! Já tinha lido o livro há alguns anos atrás e morri de rir e ao mesmo tempo me deparei com questões bem existenciais tratadas no filme. Entre elas me fez pensar sobre: questões relativas com o "ser mulher" e com a alma feminina. Em como conciliar a profissão que escolhemos com uma dupla jornada de trabalho (doméstica e extradoméstica), casamento, maternidade, desejos, estética e viver de bem com a vida e consigo mesma. Em como ser uma pessoa feliz, mesmo diante das intempéries que a vida trás. Recomendo! Muito humor e ao mesmo tempo muita emoção, porque Mercedes, a protagonista, é uma mulher como eu, como você ou como alguma mulher que você conheça.
E ser mulher é bom demais!
Dentre tantas, não poderia deixar de citar Simone de Beauvoir, grande mulher, filósofa existencialista, mulher de Jean-Paul Sartre e sua obra "O segundo sexo", uma verdadeira revolução na visão do papel das mulheres na sociedade: "Não se nasce mulher, torna-se mulher", diz Simone;
Lou Salomé que, além de inteligente e bela, simplesmente arrasou com os corações de Paul Rée e Nietzsche (poderosa ela, não?), viveu com intensa paixão pela vida e dizia: "Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!";
E Hannah Arendt, amor de Heidegger, uma grande filósofa (apesar de não gostar deste título) e pensadora de questões sobre o conceito de mal e de seu próprio tempo.
Finalizo trazendo um trecho do livro "Divã" de Martha Medeiros, que por sinal me identifico bastante e homenageando a todas as mulheres, todas aquelas que sentem, se emocionam, sofrem, batalham, lutam e são mulheres, no verdadeiro, literal e mais belo sentido da palavra!
E ser mulher é bom demais!
Dentre tantas, não poderia deixar de citar Simone de Beauvoir, grande mulher, filósofa existencialista, mulher de Jean-Paul Sartre e sua obra "O segundo sexo", uma verdadeira revolução na visão do papel das mulheres na sociedade: "Não se nasce mulher, torna-se mulher", diz Simone;
Lou Salomé que, além de inteligente e bela, simplesmente arrasou com os corações de Paul Rée e Nietzsche (poderosa ela, não?), viveu com intensa paixão pela vida e dizia: "Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer. Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!";
E Hannah Arendt, amor de Heidegger, uma grande filósofa (apesar de não gostar deste título) e pensadora de questões sobre o conceito de mal e de seu próprio tempo.
Finalizo trazendo um trecho do livro "Divã" de Martha Medeiros, que por sinal me identifico bastante e homenageando a todas as mulheres, todas aquelas que sentem, se emocionam, sofrem, batalham, lutam e são mulheres, no verdadeiro, literal e mais belo sentido da palavra!
"Não sei bem o que dizer sobre mim. Não me sinto uma mulher como as outras. Por exemplo, odeio falar sobre empregadas e liquidações. Me sinto esquisita à beça usando um lencinho amarrado no pescoço. Mas segui todos os mandamentos de uma boa menina: brinquei de boneca, tive medo do escuro e fiquei nervosa com o primeiro beijo.
Quem me vê caminhando na rua, de salto alto e delineador, jura que sou tão feminina quanto as outras: ninguém desconfia do meu anti socialismo interno.
Adoro massas cinzentas, detesto cor-de-rosa. Penso como um homem, mas sinto como mulher. Não me considero vítima de nada. Sou autoritária, teimosa e impulsiva. Peça para eu arrumar uma cama e estrague meu dia. Vida doméstica é para os gatos....
Tenho um cérebro masculino, como lhe disse, mas isso não interfere na minha sexualidade, que é bem ortodoxa. Já o coração sempre foi gelatinoso: Faz eu dizer tudo ao contrário do que penso: nessas horas não sei onde vão parar minhas idéias viris.
Sou tantas que mal consigo me distinguir.
Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna, delicada. Acho que sou promíscua. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também."Martha Medeiros
Maravilhoso. Você me fez lembrar como é maravilhoso ser mulher , aliás, ser mulheres e alguns homens tambem, rsrsrs.
ResponderExcluirBelos exemplos femininos os que colocou. Admiro todas e você tb.
Bjs
http://etudotaocotidiano.blogspot.com
Como já diz uma canção "pra descrever uma mulher não é do jeito que quiser, primeiro tem que ser sensível senão é impossível".
ResponderExcluirEncontrei seu blog na comunidade da Martha Medeiros e o primeiro texto que leio tem logo relação com ela também. Não li o livro nem vi o filme, mas sei que são ótimos.
Você diz que "ser mulher é bom demais!", eu digo que vocês mulheres são demais. Pelos mesmo motivos que você diz que ser mulher é bom demais..
Parabéns pelo texto. Mostra que além de mulher é sensível, se não fosse seria impossível escrever esse texto, de acordo com a canção..rs.
Vou virar frequentador das suas páginas.
Abraço.
Dá uma passada lá
http://ventonavaranda.blogspot.com
Tem razão Simone de Beauvoir quando diz "Não se nasce mulher, torna-se mulher". Ser mulher é muito mais que corpo, é alma!
ResponderExcluirLetícia! Adorei o post. Sou fã incodicional de Martha Medeiros e de Simone de Beauvoir.
ResponderExcluirToda vez que penso em o 'Divã' eu lembro q coisa boa é ser mulher, sonhar e arder de amor. Não é uma das tarefas mais fáceis, mas a gente, com jogo de cintura, consegue levar numa boa.
Seu blog é muito legal. Eu peguei o endereço na comu da Martha e já o estou seguindo.
Bjks